VIDA
VIDA

Há tanta vida nesse belo jardim

Nas borboletas, na flor que abre

No canto da ave, no verde sem fim

Transborda a vida, no peito não cabe

 

Eu quero a natureza dentro de mim

Mesmo que o mundo todo desabe

Não sou escravo do dinheiro, enfim

Há coisas de graça, são poucos que sabem

 

Contrária à vida que sinto no vento

No som da cidade eu sinto a morte

Há tantas risadas em tom de lamento

 

Corpos andando vazios, sem vida

Buscam dinheiro, contam com a sorte

Mas nada levam ao fim desse lida

Se não a sombra da morte