Há tanta vida nesse belo jardim
Nas borboletas, na flor que abre
No canto da ave, no verde sem fim
Transborda a vida, no peito não cabe
Eu quero a natureza dentro de mim
Mesmo que o mundo todo desabe
Não sou escravo do dinheiro, enfim
Há coisas de graça, são poucos que sabem
Contrária à vida que sinto no vento
No som da cidade eu sinto a morte
Há tantas risadas em tom de lamento
Corpos andando vazios, sem vida
Buscam dinheiro, contam com a sorte
Mas nada levam ao fim desse lida
Se não a sombra da morte